Beatriz Milhazes Presents Exhibition In São Paulo gallery

Beatriz Milhazes

The Rio de Janeiro artist Beatriz Milhazes presents nine new paintings that emphasize, among other things, the optical and chromatic vibration of op art as well as patterns and colors from African tribal origins. In this series of works, her palette of citric colors and particular use of golden hues gives way to a darker tonality, with the introduction of brown and colors from natural Peruvian pigments. The reference to Op Art, which in previous works appeared indirectly, reappears here in a leading role, in an objective use of optical resources, where lines and circles saturate the plane in a bold juxtaposition of geometric patterns.

In other compositions the artist presents new flowers as a central element, whose form and structure are derived from the observation of tribal art. In Wild Potato, the central flower disintegrates into organic and somewhat psychedelic high-contrast stripes, on a background of precise geometry in likewise contrasting colors. Igrejinha features the totemic figure of a calla lily activated by electric tones, which in turn are filled by a pattern of irregular circles used recurrently in the works featured on the show.

Milhazes is recognized as one of the greatest Brazilian artists in activity today; throughout her 30-year career she has developed a unique pictorial vocabulary, where elements of ornamentation are intertwined with the tradition of abstract painting. Questions from repertoires often seen as secondary – the decorative arts, popular art, and Carnival – permeate her work, in which color and geometry are structuring elements. The artist has developed a particular technique in which the paint is applied first on plastic sheets and later transferred to the canvas, thus eliminating the gesture of the brushstroke. This modus operandi gives the artist an enormous capacity for experimentation allied to formal rigor.

Words: Douglas Negrisolli

Photos: Courtesy of Gallery | cover: 2012-2013. Flores e árvores/ acrílica sobre

O Círculo e seus amigos [The Circle and its friends] at Galpão Fortes Vilaça
Opens November 23 and Ends January 24 Rua James Holland, 71 | Barra Funda – São Paulo – Brazil

Beatriz Milhazes: O Círculo e seus amigos

A artista carioca Beatriz Milhazes apresenta nove pinturas inéditas que enfatizam a vibração ótica e cromática da Op Art, e padronagens e cores de origem tribal Africana, entre outras.
Nesta série de trabalhos, a paleta de cores cítricas e um uso particular de dourados se rende a uma tonalidade mais escura, com a introdução do marrom e das cores de pigmentos naturais peruanos. A referência à Op Art, que em trabalhos anteriores aparecia de forma indireta, reaparece aqui em papel principal, num uso objetivo de recursos óticos, onde linhas e círculos saturam o plano em uma audaciosa justaposição de padrões geométricos. Na tela Potato Dreaming, dominada por tons de rosa, vinho e ocre, padrões em listras sobrepostos emprestam inquietação e movimento à uma estrutura que de outra forma seria rígida. Em Flores e Árvores, esta mesma sobreposição é radicalizada com a introdução de elementos vazados que confundem figura e fundo, sem que o olhar consiga estabelecer uma hierarquia.
Em outras composições a artista apresenta novas flores como um elemento central, cuja forma e estrutura são resultantes da observação da arte tribal. Em Wild Potato, a flor central se desfaz em listras orgânicas e algo psicodélicas de alto contraste, sobre um fundo de geometria precisa em cores igualmente contrastadas. Igrejinhatraz a figura totêmica de um copo-de-leite ativado por tons elétricos, por sua vez preenchidos por um padrão de círculos irregulares recorrente nessa exposição.
Milhazes consagrou-se como uma das maiores artistas da atualidade, desenvolvendo em trinta anos de carreira um vocabulário pictórico único, onde elementos da ornamentação se enredam com a tradição da pintura abstrata. Questões de um repertório visto muitas vezes como secundário –  das artes decorativas, da arte popular e do Carnaval – permeiam sua obra, em que a cor e a geometria são os elementos estruturantes. A artista desenvolveu uma técnica particular em que a tinta é aplicada primeiro sobre folhas de plástico que depois são transferidos para a tela, eliminando assim o gesto da pincelada. Esse modus operandi possibilita à artista uma enorme capacidade de experimentação aliada a um rigor formal.

de 23 de Novembro a 24 de Janeiro Rua James Holland, 71 | Barra Funda – São Paulo – Brasil

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